Debate sobre doutrinação ideológica na Revista Época (outubro/2007) – final

A educação deve estar acima das picuinhas políticas

Gostaria de lembrar que os Programas do Livro foram, talvez, a melhor herança deixada pelo governo FHC. O atual governo os ampliou, estendendo a entrega de livros também para os alunos do Ensino Médio, e aprimorou alguns pontos. Da mesma forma que, esperamos, um próximo governo, seja ele qual for, continue a aprimorá-los.

Lembramos, ainda, que a grande maioria dos livros didáticos que estão no mercado, foram avaliados e aprovados pelo governo do PSDB. Portanto, comentários de que os atuais livros querem formar quadros para este ou aquele partido são absolutamente inverossímeis.

Cremos que Educação é um tema muito sério e, por isso mesmo, deve estar acima de picuinhas políticas e disputas partidárias.

A Educação é, por excelência, um ato político. Entretanto, ‘ato político’ não significa assumir um posicionamento político-partidário. Em seu sentido mais fundamental, é política toda ação relacionada com a gestão da vida em sociedade e, nesse sentido, toda obra, toda aula são políticas e têm um viés ideológico. Assim como qualquer atitude ou posicionamento de alguém, em qualquer situação, sobre qualquer tema.

Trabalhando dentro dos padrões democráticos e republicanos, de maneira a viabilizar a análise crítica das idéias, tanto o autor de material didático quanto o professor exercem um papel essencial na formação de jovens para que ajudem a construir uma sociedade plural em todos os sentidos!

Somente convivendo com pessoas e idéias diversificadas os jovens poderão construir uma sociedade democrática, cada vez mais preparada para o exercício da cidadania responsável e da justiça social.

(José de Nicola Neto)

COMENTÁRIOS

1. O PSDB é a “direita” da esquerda. Um governo que aumentou a carga tributária, encheu o MST de dinheiro público e permitiu a doutrinação marxista nas escolas é tudo menos conservador ou liberal.

Os tucanos beneficiam-se da doutrinação também. E isto está errado!

Diogo | E – mail | 23/10/07 16:49:31

2. Na capa da revista de 22/10/2007 vocês não usaram crase na frase:” o que estão ensinando às nossas crianças”. o correto é usar a crase. Como a revista deixou passar este erro logo na capa?

23/10/07 20:33:01

3. Além do erro apontado pelo comentador 2, abaixo, há outros. Lamentável que os que queiram corrigir as coisas não se preocupem com seus próprios equívocos. E os de Língua Portuguesa são os menores, para dizer o mínimo.

23/10/07 23:01:46

4. Prezado José de Nicola,

Tudo que a educação precisa é estar em primeiro plano. Interesses rasteiros de partidos ou ideologias políticas devem ficar de fora dos livros didáticos. Assim sendo, tudo o que precisamos é pluralidade, sobretudo teórica, em nossos livros didáticos. Livros que consagram uma visão de mundo limitada e pobre devem ser revistos. Se os seus autores abraçaram a mediocridade marxista por livre e espontânea vontade, não significa que tenham o direito de transmiti-la aos alunos de maneira desavisada.

Um segundo ponto é que tanto faz PSDB, PT, PCO, pois esses e outros partidos, com pequenas variações compõem um mesmo campo ideológico: são todos de esquerda.

Márcio Santana | E – mail | Homepage | 23/10/07 23:38:57

5. É claro que o material didático e o professor exercem papel essencial no processo de formação de todos, mas a sociedade também informa e forma. E infelizmente há muitas informarções distorcidas ou apenas com uma visão lançada pela mídia ao nossos jovens, há violência, exemplo de atitudes. TUdo isso influencia na formação de opinões e ao mesmo tempo de cidadãos.

24/10/07 07:53:06

6. A doutrinação que se estende ao ensino público me lembra a doutrinação de crianças croatas e servias a odiar as crianças de Kosovo por serem muçulmanas. É a mesma ideologia transformada em ódio racial e social que tanto o “presidente?” Lulla prega em seus discursos preparados… mais uma vergonha nacional, só que desta vez patrocinada pela ignorância e arrogância de um falso analfabeto que aproveita a simplicidade de um povo que nelle acredita para usufruir do bem público…

24/10/07 09:03:41

7. Não há qualquer erro na capa da revista. Só haveria crase se fosse “o que estão ensinando às nossas crianças” e não “o que estão ensinando a nossas crianças”, como está. No caso, o “a” é pura preposição, e não preposição + artigo. Portanto, não leva crase.

24/10/07 09:27:14

8. A imprensa livre- não sustentada e , portanto, não serviçal ao governo – tem obrigação de denunciar o absurdo dessa dogmatização dos nossos jovens estudantes.

Nós não podemos permitir a “venezuelazização” do país.Nós somos um povo ainda com um relativo atraso cultural (não é por acidente que elegemos e reelegemos o populismo retrógrado),mas não tanto a ponto de nos tornarmos uma Venezuela. Não podemos permitir a imbecilização dos nossos jovens.Devemos ensiná-los a pensar, e não a seguir ideologias e dogmas de um passado remoto. Às próximas gerações ficará não só a enorme conta a pagar desse nosso erro histórico atual, como ainda a incumbência de construir um novo país, onde a liberdade , a democracia e a livre iniciativa predominem. Não há prosperidade sem liberdade

robespierre mendes | Homepage | 24/10/07 09:47:04

9. Sr Nicola,

Como o Sr é incoerente.

Paulo José | E – mail | 24/10/07 15:22:00

10. Este Sr. Nicola pelo jeito está apenas defendendo a boquinha dele!

Diogo | E – mail | 24/10/07 22:13:06

24/10/2007

Exercendo o meu pensamento crítico

A julgar pelo conteúdo de sua intervenção, o Sr. José de Nicola ou desconhece o problema discutido neste blog, ou está tentando confundir o leitor.

Seu post se divide em duas partes. Na primeira ele procura desqualificar o debate em torno da contaminação ideológica dos livros didáticos, insinuando que o tema da educação está sendo rebaixado ao nível de “picuinhas políticas e disputas partidárias”.

Ele está errado. Acusar os partidos de esquerda – PT à frente – de ser os únicos beneficiários da doutrinação ideológica nas escolas e nos livros didáticos não é rebaixar a educação ao nível de picuinhas partidárias. É apenas descrever uma realidade que entra pelos olhos.

Embora verdadeiro, o fato de que “a grande maioria dos livros didáticos que estão no mercado, foram avaliados e aprovados pelo governo do PSDB” não possui a menor relevância. Como bem sabe o Sr. de Nicola, o controle exercido pela esquerda sobre o MEC, universidades, sindicatos de professores e movimento estudantil (para não falar das editoras de livros didáticos) já estava plenamente consolidado no período FHC.

Hoje em dia, ninguém mais ignora que o livro didático está sendo utilizado como veículo de difusão de idéias de esquerda, isto é, como facilitador da tarefa do professor militante em sala de aula. Se isto não se destina a formar quadros para os partidos de esquerda, para que serve então?

Eu mesmo respondo: serve também – e principalmente –, na opinião dos próprios ideólogos e educadores que conceberam essa estratégia, para a formação de um pensamento hegemônico: quando todos odiarem o capitalismo e amarem o socialismo, este, enfim, triunfará. Não acredito que isto vá acontecer, mas Gramsci acreditava e seus seguidores acreditam.

Na segunda parte do post, o Sr. de Nicola entoa a cantilena freireana da “educação como ato político”. É atrás dessa desculpa que se escondem todos os abusos que temos visto. Você pergunta a um Mário Schmidt o que é aquilo que ele escreveu, e ele responde imediatamente: “Alto lá! Educação é um ato político.”

Recuso-me a aceitar a idéia de que, por ser um ato político, a educação possa ser seqüestrada pela militância política, como aconteceu e continua a acontecer no Brasil.

Insisto em que o professor está moralmente obrigado a “lavar as mãos” antes de entrar numa sala de aula e antes de sentar para escrever um livro didático.

Concluindo este post, peço licença para levar um pouco mais adiante o “pensamento crítico” que os autores de livros didáticos tanto amam: – Será que por ser presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos o Sr. de Nicola está tentando esconder o problema da contaminação ideológica dos livros didáticos?

(Miguel Nagib)

COMENTÁRIOS

1. As libélulas da USP e os pelegos da UNE

Em 2000, eu escrevi um artigo sobre a doutrinação ideológica das esquerdas nas escolas e nas universidades, “As libélulas da USP”, disponível em http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,36,sid,1,ch. Posteriormente, escrevi um texto sobre a Memória do Movimento Estudantil, “UNE: organização-pelego, de Getúlio a Lula”, disponível em

http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=6003&cat=Ensaios&vinda=S.

O professor que prega o socialismo é, antes de tudo, um farsante, pois está provado que os países se desenvolvem muito melhor (e com liberdade) sob o Capitalismo, como provam a Coreía do Sul (30 vezes mais rica que a do Norte) e a antiga Alemanha Ocidental, muito mais rica do que o lado Oriental.

O pior de tudo é que os professores socialistas compactuam com o totalitarismo, ao exaltar os regimes comunistas existentes na China, Coréia do Norte e Cuba – ideologia essa que promoveu o genocídio de 110.000.000 de pessoas durante o século XX.

24/10/07 14:26:09

2. Po, se querem ensinar os meninos,ensinem com os erros passados, não escondam o que aconteceu, não interessa se os 110.000.000 são mentira, se morreram 10.000 deve se mencionar,se se evita falar dos erros para que os meninos fiquem com medo tentar (e é óbvio que terão)…se houve erros tão terríveis assim (que causou esse número de mortos), expliquem os motivos dos mesmos

24/10/07 15:00:17

3. Concordo totalmente com as suas críticas. Infelizmente o sr. José de Nicola está tentando minimizar as coisas. É muito mais fácil fazer de conta que nada está acontecendo e não ter que fazer qualquer modificação. Quantos autores doutrinadores sobrariam se a população brasileira se desse conta da dimensão do problema e exigissem mudanças? Quantos milhões teriam que ser investidos pelas editoras em projetos de revisão e preparação de outros livros e materiais didáticos menos contaminados ideologicamente?

Márcio Santana | 24/10/07 15:31:12

4. Senhor Miguel Nagib eu ficaria imensamente grato se pudesse lhe indicar algumas leituras para que o senhor pare de defender bobagens. O senhor parece um Dom Quixote lutando contra moinhos. Vamos começar pelo tema de casa, certo. Leia Charles Sanders Pierce, “para tornar claras nossas idéias”. Assim que o senhor ler esse texto, entre em contato comigo. Vamos proceder um estudo dirigido sobre linguagem, semiótica, política. Assim quem sabe o senhor se encontra e pára de usar termos retrógrados como “contaminação”. O que acha?? Um pouco de filosofia do século XIX-XX ou o senhor vai continuar lendo Auguste Comte, Margareth Thatcher, Ronald Reagan e coisas assim?

fernando horta | E – mail | 24/10/07 21:45:33

5. Eu desafio o Sr. José de Nicola Neto a apontar um único livro didático brasileiro que mencione os campos de concentração soviéticos, a fome da Ucrânia em 1937, os mortos na Intentona de 35 ou os g*** presos em Cuba!

Diogo | E – mail | 24/10/07 22:15:06

6. Quero é a globo vá a falência… Ela acha que pode tudo… Até manipulou a PF com o César Tralli.

zuzu bola | 25/10/07 06:47:40

7. Imbecilizar os jovens com dogmas da esquerdiotice ou de qualquer ideologia é mais do que um absurdo -é um crime!

A função da escola deve ser, antes de tudo, ensinar a pensar.Manipulação ideológica dos jovens é lavagem cerebral- afinal, esta não é um instrumento por excelência dos regimes totalitaristas comunistas?

robespierre mendes | Homepage | 25/10/07 08:26:14

8. Creio que imparcialidade não existe. Se temos de lidar com ela na nossa educação, que seja confrontando o maior número possível de idéias. Dizer que isso é perseguir a esquerda, não passa de paranóia marxcista. Na sociedade tecnocrata que parece surgir, não haverá tanto espaço para discussões sobre capitalismo ou socialismo.

Eu nunca li livros didáticos… enquanto meus colegas liam a “droga da obediência”, eu lia “A Riqueza das nações”. talvez o ideal seja tirar tanto a importância dos livros didáticos nas escolas e favorecer a auto-didática.

Sidnei M. Barrientos Jr. | Homepage | 25/10/07 09:20:20

9. Atenção para essa ordem de Washington DC: todos os livros didáticos do MEC devem ser imediatamente entregues na redação da Época, para, posteriormente, serem queimados em praça pública.

Arley | E – mail | 25/10/07 09:45:13

10. Despois deste post, só nos resta gritar VIVAS ao sr. Miguel Nagib…

– nosso Torquemada da pedagogia;

– nosso McCarthy da historiografia;

– nosso Goebbels da pureza ideólogia!

Almir | E – mail | 25/10/07 10:25:09

11. Perdão pelos dois erros do comentário anterior:]

Depois deste post, só nos resta gritar VIVAS ao sr. Miguel Nagib…

– nosso Torquemada da pedagogia;

– nosso McCarthy da historiografia;

– nosso Goebbels da pureza ideólogica!

25/10/07 10:27:54

12. Caro Horta, parece-me que todas as sugetões de leitura que faz ao Nagib devessem ser lidas primeiro. Como bem sabe as palavras e as coisas nomeadas por essas palavras tem um sintonia mágica, um equilibrio visual, sonoro etc. Assim como o Nagib quer indicar a sordidez e a maracutaia do processo de monopólio ideológico das esquerdas, não há melhor termo que “contaminação”. Concordo que Comte não seja grande leitura, mas ele era cordeiro manso perto de Marx, “teórico” da desarmonia e da divisão social.

Márcio Santana | 25/10/07 14:10:31

13. quanta bobagem senhor márcio!. Leitura senhores!! Leitura o que lhes falta é uma maior formação para evitar essa maior deformação que são os seus discursos.

fernando horta | E – mail | 25/10/07 14:34:26

14. Leitura, muita leitura realmente é o que falta a qualquer esquerdista. Muito estudo de economia, direito, história e tudo o mais. Presos no passado, numa espécie de Antigo Regime remodelado, ficam glorificando a violência do MST, a roubalheira do PT (afinal corrupção da esquerda é passagem para a Justiça Social???!!!!), os milhões de mortos pelas ditaduras socialistas mundo afora, etc.

Realmente, precisamos de leituras, mas de livros bons, que não fiquem ocultando dados para deixar uma ideologia de boteco imaculada.

Muita leitura a todos os brasileiros, pois só assim poderemos sair dessa Bastilha esquerdista!!!

Márcio Santana | 25/10/07 14:52:05

15. “Quem não estudar, chavista vai virar!”

Slogan dos manifestantes venezuelanos anteontem.

25/10/07 17:27:30

16. Almir, sabia que Goebbels era do partido nacional-SOCIALISTA?

Que o que ele ensinava: “uma mentira repetidas vezes acaba tornando-se verdade” é exatamente o que autorees dos livros didáticos fazem?

Quie Lênin já ensinava métodos de propaganda semelhante: “xingue-os daquilo que você é, acuse-os daquilo que você faz, mentir se preciso for” e que é exatamente isso que autores de livros didáticos fazem? Mentem descaradamente.

Cuidado com as analogias que você faz.

Messias | E – mail | 25/10/07 17:38:59

17. Desculpem-me pelos erros de digitação do meu comentário.

Arley, Fique calmo. Nós não somos maoístas (como o Mário Schmidt) para queimar livros. Muito pelo contrário, somos a favor:

1.º – Da pluralidade de idéias e não do monopólio ideológico que tomou conta do MEC.

2.º – De verdade, que os livros didáticos tanto omitem, além de inventar teorias da conspiração idiotas.

Eu tenho materiais que desmentem muita coisa desses livros. Esses autores de livros didáticos são como autores de livros de auto-ajuda posando de psicólogos. Tenho que desenhar?

Só essa teoria da conspiração que você disse (Ordem de Washigton D.C.), já mostra o nível intelectual dos esquerdistas. É esse tipo de imbecilidade dos livros didáticos que combatemos.

Messias | 25/10/07 17:52:15

18. senhores nunca defendi uma vírgula sobre mst ou mesmo o pt. Mas os senhores se perdem em acusações e chavões e dão importância somente aos fatos que lhes interessam. Têm esse direito, com certeza. Só não podem se qualificar enquanto interlocutores sérios em locais mais científicos que um blog perdido na net. Leitura senhores, se quiserem mais indicações me avisem

fernando horta | E – mail | 26/10/07 14:15:40

19. A discussão é tão produtiva quanto aquela do sexo dos anjos ou se existem anjos, o problema maior é que nossos alunos estão psedoestudando os professores estão fazendo o que podem com os recursos precários que realmente chegam as escola, pois verba existe; chegar aos locais necessários é a questão mais dificil! A escola deveapresentar o conhecimento porém o coteúdo está acessado de forma diversa e até chula em qualquer lan-house.

adiel | E – mail | 26/10/07 14:18:27

20. Ridícula.

Essa é a palavra. Não há expressão mais fiel para aqueles que, por tras de uma pretensa neutralidade querem adestrar os brasileiros e ‘ensiná-los’ a se absterem dos fatos, a se tornarem pessoas inertes. A história possui um papel de extrema valia para a construção de uma mente crítica, e esta só é desenvolvida se os fatos não forem expostos como um´mero ‘conto de fadas’, onde o capitalismo é a chave para todos os problemas, que não há oprimidos, que há oportunidade para todos (a maior falácia de todos os tempos!!!!). Só fico triste, porque, é em nome dessa neutralidade idiota que o Brasil continua na miséria, pq é isso que a elite quer: que a educação continue gerando pessoas alienadas, que compactuem com status quo, e elas já perceberam que livros de História são as melhores armas, as mais neutralizantes, e que, se todos nós concordarmos com isso, seremos meras massas de manobra!

Parabéns a todos os ‘leitores consciente’ da reviste Época!

Anna | E – mail | 26/10/07 22:28:19

21. Anna,

Se o capitalismo é a razão de todos os problemas a solução é abolir o capitalismo? ÓTIMO! Vamos viver sem problemas e sem oprimidos. Igualzinho em Cuba e na Coréia do Norte. Que lindo!

27/10/07 00:57:29

22. Anna,

Ninguém ensina ninguém a pensar criticamente.

Se alguém diz que ensina outros a pensar empurrando suas convicções para elas, está fazendo exatamento o oposto disso. isso sim é manipular, que é o que os livros didáticos fazem.

Não queremos (pela enésima vez!) aqui empurrar a ideologia capitalista. Muito pelo contrário, somos contra o monopólio ideológico que tomou conta da educação brasileira. Ou você acha que, os alunos aprendendo apenas a visão esquerdista pensarão por conta própria? É exatamente nos países socialistas que as pessoas não podem ser críticas. Existe censura, livros proibidos, o cidadão não pode falar nada que contrarie o status quo, existem perseguições, ditadura. No capitalismo, você tem direito de criticá-lo. No socialismo, a recíproca não é verdadeira. As críticas que você fez ao capitalismo, cabem direitinho para o socialismo, ou você acha que nesses países não existe opressão, nem classes sociais etc.

Leia “A Nomenklatura” de Voslenski e “A Nova Classe” de Milovan Djillas.

Messias | 27/10/07 10:37:42

23. O que me irrita é essa gente imbecil que acredita que há uma ‘elite’ no Brasil que não quer deixar o resto da população se desenvolver. Não percebem essas pessoas que esse discurso de ricos x pobres já é fruto da doutrinação que sofreram, quer na escola quer na universidade, por grupos que buscam usar a tal ‘luta de classes’ para convencer pessoas idiotas de que isto realmente existe e, assim, angariar votos nas próximas eleições…

Eris | E – mail | 27/10/07 19:38:13

24. a posturas ideologicas e politicas presentes nesses comentarios chegam a serem pequenas.

algumas pessoas defendendo suas opinioes, com a pregacao de igualdade, tendem a esvaziar qualquer possibilidade de debate, agredindo e tentando impor seus pontos de vista, como o proprio nagib, que nao se furta ao prazer de espezinhar quem nao concorde com suas ideias debeis e frageis.

eu estudei com livros de historias que hoje nao tem mais validade, estudei sob o regime militar, onde educacao moral e civica eram obrigacao, em nenhum momento deixei de pensar por mim, essa ideia infantil de livros didaticos influenciarem como nossos filhos vao pensar é balela, de pessoas que nao tem nocao de vida, que nao aprenderam nada com suas vivencias, a realidade mostra que as criancas aprendem muito mais em casa do que na propria escola, deixar que so o que elas leem ou veem na tv se tornem suas verdades é abrir mao do papel que os pais tem que assumir.

o nagib deveria abrir mao de impor sua ideologia e se abrir ao debate.

ailton amaral | 28/10/07 03:47:18

25. Anna, tô contigo e não abro!!

Eris, em que país vives? num conto de fadas?

fernando horta | E – mail | 30/10/07 00:16:17

25/10/2007

Uma sugestão que diz tudo

Repito, desta vez, em caixa-alta:

O FATO DE O CONHECIMENTO SER VULNERÁVEL À DISTORÇÃO IDEOLÓGICA – O QUE É UMA REALIDADE SOBRETUDO NO CAMPO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS – DEVERIA SERVIR DE ALERTA PARA QUE OS EDUCADORES ADOTASSEM PRECAUÇÕES METODOLÓGICAS PARA REDUZIR A MARGEM DE CONTAMINAÇÃO, E NÃO COMO UM GRITO DE “LIBEROU GERAL” PARA A DOUTRINAÇÃO.

TODO EDUCADOR TEM OBRIGAÇÃO MORAL DE FAZER UM ESFORÇO PERMANENTE E SINCERO PARA NÃO PERMITIR QUE SUAS INCLINAÇÕES, PREFERÊNCIAS, SIMPATIAS E ANTIPATIAS O AFASTEM DO IDEAL DA OBJETIVIDADE CIENTÍFICA.

Falar é fácil… Vai enfiar esse argumento na cabeça de um militante esquerdista! Impossível. Eles não entendem. Gramsci e Paulo Freire comeram a alma dessa gente. A deformação moral chegou a tal ponto que, neste debate, já se chegou a sugerir o seguinte:

“Ao inves desses direitistas ficarem reclamando, por que que eles não viram professor de História e produzem livros de História diretista?” (sic – comentário nº 22 ao primeiro post)

Que lhes parece? É a indivíduos que pensam rigorosamente como o autor dessa pérola que estamos confiando a educação dos nossos filhos.

(Miguel Nagib)

COMENTÁRIOS

1. O que acho que se deve exigir dos professores, tanto nos livros didáticos quanto nas salas de aula, não é uma impraticável “neutralidade” ou “imparcialidade”, mas sim uma *honestidade* intelectual. Porque o problema do professor-doutrinador é justamente sua desonestidade intelectual, ao apresentar seus juízos de valor particulares como juízos de realidade universalmente válidos, para alunos que ainda não têm maturidade cognitiva suficiente para discernir entre uns e outros.

A meu ver, o professor intelectualmente honesto não deixa de assumir suas posturas, quaisquer que sejam, em questões polêmicas, como Socialismo vs. Capitalismo, mas deixa claro aos seus alunos que existem outras posições. E diante da incapacidade de ele mesmo apresentar de forma isenta essas outras leituras da realidade, faz com que os alunos tenham acesso a fontes seguras de informação sobre essas interpretações divergentes, permitindo assim que eles mesmos formem suas próprias opiniões.

Sérgio Luís da Silva | E – mail | 25/10/07 11:57:24

2. Sr. Nagib, a sua posição é ingrata. Argumentar com essa gente é como conversar com uma pedra. Intoxicados de Paulo Freire, já perderam o senso de realidade.

Diogo | E – mail | 25/10/07 12:13:45

3. Por exemplo, no caso da Questão Palestina, o professor deveria expor os fatos históricos relacionados à problemática, desde à criação do moderno Estado de Israel até o presente, mas evitando ao máximo dar sua interpretação desses fatos, que inevitavelmente seria tendenciosa para um ou outro lado. Então, ele apresentaria aos alunos dois textos de autores independentes, cada qual favorável a um lado da questão, os quais defenderiam suas posições antagônicas com muito mais competência do que qualquer professor, por mais imparcial que tentasse ser, conseguiria. Depois, ele pediria aos alunos que redigissem redações expondo suas conclusões a respeito, as quais no entanto não deveriam ser “corrigidas” por ele (salvo evidentemente nos aspectos lingüísticos), apenas serviriam como instrumentos de organização das idéias por parte dos alunos. Só no fim do processo o professor explicitaria sua opinião a respeito, que seria uma reflexão a mais para os alunos considerarem. Isso, a meu ver, seria ensinar sem doutrinar.

Sérgio Luís da Silva | E – mail | 25/10/07 12:15:37

4. Apoiadíssimo, Sérgio. Acrescento que, mais nocivo do quem apresenta escancaradamente seus “juízos de valor particulares como juízos de realidade universalmente válidos” é aquele que os deixa escapar, silenciosamente e desonestamente pela inexistente máscara da objetividade.

Sophia C. | E – mail | 25/10/07 12:15:39

5. Acho muito fácil para quem nunca lecionou, vir impor um “processo de caça às bruxas”.

Tive vários professores de História e por incrível que pareça o melhor foi justamente um simpatizante da esquerda! Porquê será isso? Entendo que outras matérias por serem científicas, não há como opinar. Já a história, não, que pode, inclusive, ser manipulada para ocultar detalhes em defesa de alguns ou alguma classe.

Opiniões pessoais todos temos e só conseguimos influenciar, se as mesmas forem consistentes. Sou simpatizante da esquerda também, ou não posso? Mas não foi esse professor que me influenciou (eu discuti com ele inúmeras vezes sobre pontos de vista divergentes) e nem por isso participo de MST e nem sou filiado ao PT.

Para terminar: meu pai sempre foi simpatizante da criação do Estado de Israel. Ele sempre inalteceu a “Guerra dos Seis Dias”, etc.. Mas eu não posso concordar com a forma que os palestinos estão pagando por isso. E se meu filho não concordar comigo? É culpa do professor de História?

Arley | E – mail | 25/10/07 13:09:29

6. Estamos levando essa discussão à uma mera preferência partidária, e não estamos enxergando o que realmente interessa: O futuro da educação do país.

Não importa se quem escreveu o livro é de direita ou esquerda. O que realmente temos que nos preocupar é com a visão distorcida que as crianças e adolescentes estão tendo da história.

Os livros de hoje mostram para os alunos que o legal é ser pobre, pois as pessoas de baixa renda são os bonzinhos, e a elite, os malvados. Só que fora dos livros a coisa fica bem diferente. Veja o caso do assalto ao Luciano Hulk.

Se os autores defendem a probreza, porque eles não abdicam do dinheiro recebido pela venda de seus livros “didáticos”, e passam pra instituições de caridade?

No final das contas, o que mais se destaca em toda essa história, é a hipocrisia de ambos os lados.

7. Prezado Sérgio (comentário 1),

Só exerce honestidade intelectual quem a tem. São raros os esquerdistas que aceitam falar de Adam Smith, por exemplo. Talvez porque a grandeza deste teórico acentue a mediocridade existente neles!!!!??? O grande problema é convencer um esquerdista a ser democrático, a discutir com o “outro lado”, pois estes serão sempre tratados como “inimigo”.

Márcio Santana | 25/10/07 14:20:33

8. ERRATA: (Antes que alguém cite o que escrevi com um “sic” entre parênteses…) O segundo “a” da minha segunda mensagem está incorretamente craseado; o correto é “desde a criação”, sem crase. Só percebi o deslize depois de ter enviado a mensagem.

Sérgio Luís da Silva | E – mail | Homepage | 25/10/07 14:26:19

9. Acho muito fácil para quem nunca lecionou, vir impor um “processo de caça às bruxas”. (Arley)

E eu acho muito curioso que quem sempre lecionou sustentando um discurso de “todos pela educação” — ou seja, que pais, alunos e a sociedade em geral discutam, opinem e participem ativamente do processo educacional, em benefício dos alunos —

não aceite qualquer crítica quando se questionam seus próprios métodos e objetivos de ensino, como se só um professor pudesse dizer o que é certo e o que é errado em questões de ensino e aprendizagem.

Não, meu caro Arley, a educação diz respeito a todos nós, que fomos ou somos alunos, ou que temos filhos na escola. E os professores devem procurar atender as demandas daqueles que contratam seus serviços e pagam seus salários nesta sociedade ainda *capitalista*. (Quando fizerem a tão sonhada revolução, e tiverem que atender os ditames dos governantes autoritários que terão ajudado a instalar no poder, aí sim, verão o que é “caça às bruxas”…)

Sérgio Luís da Silva | E – mail | Homepage | 25/10/07 14:41:59

10. Prezado Márcio, este ponto ilustra bem o gau de desonestidade intelectual a que chegam os autores de livros didáticos neste país. Eles tratam muito superficialmente (e por vezes distorcidamente) de Adam Smith, e muito detalhadamente da economia de Karl Marx, conforme apresentada em O Capital. E ainda apresentam a economia marxista como oposta à smithiana, quando na verdade Marx tomou Smith por base! A economia de Marx é uma extensão da de Smith, tanto que ambos são considerados os maiores expoentes da chamada Economia Clássica.

Mas o mais grave é que nenhum livro didático de História, Geografia, Filosofia ou Sociologia, que exlica em detalhes a Teoria da Mais-Valia de Marx, sequer menciona a posterior Teoria do Valor Marginal, que tornou *obsoleta e ultrapassada* grande parte da Economia Clássica, tanto a vertente de Adam Smith quanto a de Karl Marx, ao deslocar a ênfase das análises econômicas dos processos de produção para os de consumo, com isso explicando muito melhor o comportamento dos mercados.

Sérgio Luís da Silva | E – mail | Homepage | 25/10/07 15:00:59

11. Alguém aqui disse que a História não e ciência. Grave engano! O ensino correto da disciplina, ensinando a pesquisar fontes primárias e a não julgar o passado com a régua do presente, seria muito bom para ensinar metodologia científica.

O ensino deveria citar TODOS os fatos documentados e deixar de lado as interpretações. No caso de polêmicas e revisionismos, os vários lados deveriam ser mostrados.

Um exemplo: a Guerra do Paraguai.

Os livros didáticos apresentam apenas a versão revisionista da guerra. Os alunos são levados a acreditar que o Paraguai era uma virtual potência econômica que foi covardemente esmagada por

uma Tríplice Aliança manipulada pela Inglaterra.

Ninguém conta que o Solano Lopez era um ditador. Ninguém menciona que os paraguaios atacaram primeiro…

Um livro recente do Francisco Doratioto (USP) contesta esta visão mas é ignorado pelos professores.

25/10/07 17:25:03

12. Ser livre e passar o inferno e míngua pra ir atrás de meu pão de cada dia ou entregar meus direitos de cidadão e ficar subjugado a seu controle, planejamento e organização comendo bem e sempre empregado?Qual das opções é “humana”?Hum, perái que vou perguntar ao passarinho da gaiola lá de casa.

25/10/07 17:32:05

13. O que esses autores de livros didáticos fazem é exatamente o que os herói deles, ensinavam:

“Estamos resolvidos a tudo o que é a possível: astucias, artifícios, métodos ilegais, calar, dissimular, etc.” (Lenin);

“É preciso combater a religião, eis o A B C do comunismo.” (Lenin);

“A Ditadura do Proletariado é a dominação não restringida pela lei e baseada na força.” (Lenin);

“Nós odiamos os cristianismo e os cristãos.” (Lunatcharsky);

“As necessidades táticas da luta nos fazem aparecer hoje como simpatizantes da religião.” (Lafferte, comunista chileno, no congresso comunista mexicano, em 1944);

“A mulher que ama seus filhos não passa de uma cadela.” (Kollontai,embaixatriz soviética da Romênia).

Eis o pensamento crítico e progressista da esquerda que esses “escritores” tanto admiram e querem que adolescentes e até mesmo crianças aprendam.

Messias | 25/10/07 19:04:48

14. Senhor Nagib o senhor me comove. Suas fanfarronices suportadas por um cavalete ideológico bem fraquinho conseguem adeptos que superam mesmo a sua ignorância. Esse senhor Messias é uma pérola. Deixo aqui mais uma vez minha sugestão. Leitura Senhores, mais leitura e menos achismo. Daí vamos fazer assim vamos indicar dois livros de uma vez só. Um deles de um filósofo, que sei que o senhor Nagib vai chamar de esquerda apesar de não ser (afinal direita “certa” só o próprio Nagib) chamado Charles Pierce. Leiam “como tornar claras as nossas idéias” e o outro livro que tenho para indicar é do papa do mundo econômico George Soros (agora quero ver o senhor Nagib chamá-lo de esquerda … isso vai ser engraçado!) o livro se chama “Globalização”, só para começar. Quando tiverem lido senhores, por favor me avisem. E agora não me chamem de dogmático. Estamos lendo os “clássicos” da direita.

fernando horta | E – mail | 26/10/07 00:21:34

15. Você está certo. Além de distorcerem a história GROSSEIRAMENTE fatos da história, esses livrecos se fundam em dogmas e ideologias já superadas no mundo moderno- ATENÇÃO, GENTE, ESTAMOS NO SÉCULO 21, VIU?.

Imbecilizar os jovens com dogmas da esquerdiotice ou de qualquer ideologia é mais do que um absurdo -é um crime!

A função da escola deve ser, antes de tudo, ensinar a pensar.Manipulação ideológica dos jovens é lavagem cerebral- afinal, esta não é um instrumento por excelência dos regimes totalitaristas comunistas? Em nome de seus dogmas, o comunismo não cometeu as maiores atrocidades contra a humanidade em toda história?Nas ditaduras comunistas da URSS, China, Coréia, Vietnan, Cuba, etc não se matou deliberadamente mais de 100 milhões de seres humanos? A história ( a verdadeira) já jogou no lixo as utopias totalitaristas e criminosas do comunismo e do nazismo.

robespierre mendes | Homepage | 26/10/07 10:09:59

16. Já que estamos falando de história (de fatos e não de versões), para um conhecimento em detalhes(escabrosos!)dos horrores perpetrados em TODOS os regimes comunistas/socialistas, recomendo(a quem ainda não leu):

-O Livro Negro do Comunismo(são 900 páginas de uma pesquisa feita com apurado rigor técnico, por renomados historiadores franceses-da esquerda!!)

– A Grande Parada (Jean François Revel)

– O Caminho da Servidão (F.Hayek)

– O Ópio dos Intelectuais (Raymond Aron)-Está fora de catálogo

– A Infelicidade do Século (Alain Besançon)

robespierre mendes | Homepage | 26/10/07 10:26:46

17. O Sr. Fernando vive no mundo da lua e arrota aqui o pior tipo de ignorância: a arrogante. Achando que meia dúzia de leituras o qualificam ao debate, parte do pressuposto que os interlocutores desconhecem o que ele leu. Não percebe, coitado, que a maioria que o contesta já passou dessa fase esquerdistinha justamente através de leituras mais amplas.

Se nosso país tivesse traduções de Leo Strauss e Russel Kirk talvez fosse possível iluminar este ser.

P.S.George Soros é tudo menos conservador ou de direita. Só o fato do cara ser bilionário não o transforma em direitista. Soros financia toda a esquerda globalista politicamente correta. Ele é amiguinho de Al Gore e dos Clintons.

Diogo | E – mail | 26/10/07 13:53:12

18. Leitura senhores, não existem fatos e apenas versões. Lendo os senhores se darão conta disso. E quanto à arrogância, se os senhores lessem mais antes de falar talvez eu pudesse discutir e inclusive revelar minhas leituras, mas existe um abismo aqui nesse sentido, infelizmente para mim …

fernando horta | E – mail | 26/10/07 14:12:47

19. Por que é que esse goiaba, em vez de ficar repetindo como um papagaio autista “leitura, leitura”, não rebate os argumentos apresentados?

26/10/07 14:38:43

20. Qual sua leitura favorita, senhor Fernando Horta? O decálogo de Lênin, talvez?

Eris | E – mail | 26/10/07 15:22:21

21. Não existem fatos? A afirmação “Fernando Horta postou um comentário neste blog” não descreve um fato? Ou vamos relativizá-la?

Haja paciência! Picaretas pseudo-intelectuais! E o pior é que vivem com dinheiro público pra pensar estas bobagens

Diogo | 26/10/07 16:01:59

22. Sr. Fernando Horta,

Favor me refutar. Utilize argumentos.

George Soros defende a ação do Estado sobre o mercado, financia movimentos simpatizantes à esquerda, agora o Sr. vem dizer que isso é ser de direita? Só por que o cara é rico?

Gostaria de saber que leitura é essa que o Sr. canta em prosa e verso.

Messias | 26/10/07 18:47:04

23. Alexandre, você acredita que a esquerda controla MEC, editoras, professores etc. e também que há uma espécie de conspiração gramsciana para promover o socialismo. Acho assombroso, mas é inútil discutir porque pessoas com crenças tão firmes não se rendem a argumentos.

Em princípio, você tem o direito de acreditar no que quiser. Entretanto, sua insistência em extirpar certas idéias do ensino, ao invés de discuti-las abertamente, me preocupa. É um indício de repressão. Volto a dizer, dessa vez em caixa alta: TENHO MEDO QUE VOCÊ E SEU PESSOAL SEJAM UMA AMEAÇA À DEMOCRACIA, apesar de estarem no início.

26/10/07 19:50:04

24. nao gosto desse lance de esvaziar debates falando mal dos debatedores, nao acho produtivo usar de picuinhas e visoes distorcidas para impor minhas conviccoes.

no entanto, o que deu pra notar nessa polemica dos livros didaticos foram as seguintes situacoes:

– existem mais pseudo intelectuais no brasil do que se presumia;

– as pessoas que veem a publico ou fazem as materias nao tem respaldo tecnico ou sequer pesquisam para dar sua opiniao;

– autores de materias ou opinioes colhidas sao sempre de areas que nao sao proximas do titulo da materia, aqui é normal um advogado falar como se conhecesse tudo de educacao;

– todo bom manipulador de midia sabe como esvaziar debates se fazendo valer de ideias de um ou outro escritor, normalmente um economista ou um autor do seculo passado;

– a falta de capacitacao da maioria das pessoas so fazem aparecer seus preconceitos e visoes distorcidas;

ademais, leituras so sao boas qdo utilizadas para o livre pensar, utilizar o q leu como lei é ignorancia pura.

ailton amaral | 28/10/07 03:30:40

25. a objetividade científica NÃO EXISTE quando se fala em “humandas”. Obviamente que o discurso hegemônico se impõem como “normal” e “verdadeiro”, sugerindo que as demais interpretações do real sejam “distorções”.

29/10/07 14:15:53

26. simplesmente não vale à pena rebater enquanto vocês não lerem. É conversar no vazio. Infelizmente de onde vocês falam só quem os escuta é quem tem o mesmo discurso preconceituoso dos senhores. Ideologia reprodutiva de elites e pensadores que desconhecem e repetem, aí sim, como autistas. Sem o mínimo de reflexão. Infelizmente enquanto vocês não aumentarem a bagagem de leituras não vale à pena discutir. O “messias” não sabe nada de história ou filosofia. E outros ainda são mais preconceituosos. Vou me desgastar para quê? Pérolas aos porcos …

fernando horta | E – mail | 30/10/07 00:11:23

27. O cara de novo com o mesmo mantra. Suponho que ele queria dizer “ideologia REPRODUTIVISTA, e não reprodutiva. Agora eu sei o que ele quer dizer com leitura:

Louis Althusser. A velha teoria dos “aparelhos ideológicos do Estado”. Caramba, essa teoria já saiu de moda nos meios esquerdistas há muito tempo, principalmente depois que o cara assassinou a esposa. Eis o conhecimento histórico e filosófico da criatura.

Só algumas velhas que fizeram faculdade nos anos 70 e ficaram paradas no tempo é ainda o levam a sério (conheci algumas).

Por isso é que ele não quer mais debater. Não estamos no mesmo nível dele. Felizmente.

Pode ficar com as suas pérolas althusserianas e faça um bom proveito.

Messias | 30/10/07 20:44:24

26/10/2007

Os direitos do estudante e os deveres do professor

O EscolasemPartido.org tem uma sugestão para acabar com a doutrinação ideológica nas escolas ou, pelo menos, reduzir substancialmente as dimensões do problema no ensino fundamental e médio: basta conscientizar os estudantes dos seus direitos em relação ao comportamento do professor em sala de aula.

Só um estudante consciente dos seus direitos poderá defendê-los contra a ação abusiva de professores militantes.

Aos direitos compreendidos na liberdade de aprender correspondem, entre outros, os seguintes DEVERES DO PROFESSOR:

– O professor não abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente político-ideológica;

– O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, religiosas, ou da falta delas;

– O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula;

– O professor não incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;

– Ao abordar temas controvertidos, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as diversas versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;

– O professor deve conhecer os argumentos e teorias de que discorda tão bem quanto aqueles em que acredita, a fim de poder apresentá-los como o faria se fosse seu defensor;

– O professor não promoverá em sala de aula debates preordenados a corroborar a “verdade” ou a “superioridade” de determinada corrente política ou ideológica;

– O professor não criará em sala de aula uma atmosfera de intimidação capaz de desencorajar a manifestação de pontos de vista discordantes dos seus, nem permitirá que tal atmosfera seja criada pela ação de alunos sectários.

Se as autoridades ou os donos de escolas quiserem acabar com a praga da doutrinação ideológica, basta afixar em cada sala de aula ou em cada pátio de escola do país um cartaz com essa relação de deveres.

Tal como ocorre com os consumidores em geral, os próprios alunos saberão se defender se conhecerem seus direitos. Conscientizar os alunos é libertá-los do jugo do professor militante.

(Miguel Nagib)

COMENTÁRIOS

1. boa piada senhor nagib, mas para começar porque não me permitem escrever posts aqui também? hein. Permitam-me da mesma forma como o senhor diz que o professor deve obrigatoriamente conhecer os argumentos dos quais discorda. Que tal?

fernando horta | E – mail | 26/10/07 20:16:53

2. “- Ao abordar temas controvertidos, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as diversas versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;

– O professor deve conhecer os argumentos e teorias de que discorda tão bem quanto aqueles em que acredita, a fim de poder apresentá-los como o faria se fosse seu defensor”

Vejam que o Nagib não defendeu em nenhum momento o ponto de vista direitista, e sim, a verdadeira diversidade.

Onde está a direita aí?

“As diversas versões, teorias, opiniões e perspectivas” que ele fala, englobam pensamento de esquerda, direita, centro, ou quaisquer teorias que não sejam necessariamente políticas.

Onde é que está aí a “ameaça à democracia”, o “cerceamento da esquerda”?

Muito pelo contrário, o que ele defende é simplesmente o enriquecimento das perspectivas para o aluno ter possibilidade de pensar, avaliar e concluir por si próprio.

Isto é levar a educação a sério e respeitar os estudantes.

Messias | 26/10/07 20:17:37

3. Sr. Fernando:

Alguém está lhe proibindo postar alguma coisa?

Os seus textos que li são alucinações minhas? Não foram postados? O primeiro post que foi o seu, não foi publicado?

E até agora, que argumentos o Sr. apresentou?

Messias | 26/10/07 20:38:25

4. é ingenuidade acreditar que existam aulas de humanas (historia, geografia, sociologia, etc) desvinculadas de parcialidade e ideologia. O estudo das “humandas” é, por definição, interpretação da realidade, e não exposição da realidade, uma vez que esta nao existe isenta de subjetividade. Obviamente que isso nao implica que o professor desconheça teorias “direitistas”, pelo contrário. Ele deve passa para os alunos todos aspectos de um determinado tema, mas obviamente estará sempre optando por uma interpretação que condiz com sua percepção de mundo. Diferente do jornalismo prepotente que tenta se passar por imparcial, o professor deve alertar seus alunos de sua parcialidade e estimular os alunos a criticarem tanto ele como qualquer discurso que se impoe como verdadeiro. A questao dos “alunos terem direitos como qualquer consumidor” é absolutamente ridícula. Os alunos têm direitos por serem ALUNOS, e não por serem CONSUMIDORES.

29/10/07 14:05:39

5. Por fim a escola deve sim promover o contato (e nao doutrinamento) dos alunos com uma concepção de mundo “de esquerda”, com um paradigma diferente daqueles que os adolescente já estão imersos, seja devido às concepções de seus pais, à televisão, às revistas (que SÃO PARCIAIS SIM e que têm uma postura ideologica/política), etc. Talves alguns professores e/ou livros didáticos sejam incovenientes, pois rompem com certos valores que se apresentam em nossa sociedade como indiscutivelmente verdadeiros.

29/10/07 14:12:37

26/10/2007

Carta à revista Época

A Abrale – Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativosse posiciona contra qualquer doutrinação político-partidária nos livros didáticos e na educação em geral (o que é muito diferente de um autor apresentar um viés pedagógico ‘a’, ‘b’ ou ‘c’). Os autores, em sua maioria, partilham dessa opinião.

Acreditamos que críticas são bem-vindas, mas precisam levar em conta o contraditório, o ‘outro lado’. É desnecessário dizer que esse deve ser o comportamento ético da imprensa, dado seu poder de construir ou destruir reputações.

Perguntamos se a revista Época (edição de 20/10/07), na matéria sobre ideologia nos livros didáticos de História, considerou tais aspectos. Para criticar, selecionou determinadas passagens de alguns livros que considerou “de esquerda”. Examinando dois dos livros citados, encontramos sem nenhum esforço outras passagens, que mostram, sim, autores críticos, mas não presos a uma ideologia. Será que Época retratou fielmente a posição dos livros? Além disso, a chamada da matéria afirma que “Boa parte dos livros didáticos apresenta distorções ideológicas”; ora, dos cerca de 5000 títulos de didáticos, quantos a revista ‘avaliou’?

Se a preocupação é com a qualidade dos livros didáticos, por que não promover um seminário e convidar educadores, editores, autores de livros, jornalistas e iniciar um debate sério, conseqüente?

Será que Época, com o tratamento dado a tão relevante questão, não está sendo sectária também?

(José De Nicola, Presidente da Abrale)

COMENTÁRIOS

1. “Sectária também”? Por que “também”? Se isto não é uma confissão em forma de ato falho, então eu não sei o que pode ser.

Miguel Nagib | Homepage | 26/10/07 21:54:11

2. Prezado José, o princípio básico da boa argumentação é não se desgraçar. Isso foi exatamente o que você fez. Parabéns.

Márcio Santana | 26/10/07 23:38:56

3. A Revista época não pode transcrever o conteúdo de todos os livros didáticos, muito menos com comentários e correções. A amostra apresentada na matéria pode fazer com que muitas pessoas pesquisassem por conta própria para verificar por si.

A reportagem (e outras que apareceram na imprensa) serviu sim para chamar a atenção de uma análise séria dos livros didáticos por partes de professores, autoridades e pais de alunos.

A reportagem está de parabéns. Ouviu os dois lados da questão.

O Miguel Nagib, a Mirian Macedo, o Olavo de Carvalho, o Reinaldo Azevedo, entre outros, já escreveram muitos textos sobre o assunto e estão de parabéns, devido à sua lucidez.

Eu como professor de sociologa conheço livros didádicos das ciências humanas e posso afirmar: os livros são sim para doutrinar alunos. Muitos fingem que não vêem por que estão interessados nessa doutrinação.

Messias | 27/10/07 10:19:22

4. Vi a reportagem do artista que deixou o cachorro com fome até a morte, pra mim só tem uma solução deixar esse homem, se é que pode-se dizer que é um homem , pra mim ele é pior que o cachorro que ele maltratou, devia deixar ele preso tb com fome até a morte pra ver como é bom, e de preferencia eu assistindo de camarote a morte dele , é um imbecil mesmo que nem deveria ter nascido……………………..lamento o mundo presenciar um calhorda desse vivo ainda ……..

30/10/07 10:45:08

5. A revista época traz boa reportagem. Não acredito em ensino sectário nem tendencioso e sim com tendências. Não tem como se ensinar uma história neutra. No nível fundamental não se pode colocar reflexões sobre as várias correntes filosóficas e aplicá-las a um determinado fato da história do Brasil, por exemplo. Os responsáveis pela produção de livros textos devem manter uma equipe (acadêmica) de história de esquerda e de direita e manterem o equilíbrio para uma compreensão salutar da realidade para os alunos. Dentro de nossa contingência histórica, como contribuir para melhorar a sociedade, para melhor proveito nosso e ao mesmo tempo para o bem comum.

Edson Fernandes távora | E – mail | 02/11/07 16:13:04

26/10/2007

Novo tema no Blog da Semana

Nesta semana, discutimos o tema “O que estão ensinando para as nossas crianças?”, com os convidados:

Miguel Nagib

é advogado e coordena o site www.escolasempartido.org, uma associação informal, independente, sem fins lucrativos e sem vinculação política, ideológica ou partidária, que defende o distanciamento da escola em relação às doutrinas e ideologias.

José de Nicola Neto

Presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), é autor de livros de português, entre eles “Língua, Literatura e Produção de Texto”.

Agradecemos aos convidados e aos leitores que participaram do debate.

COMENTÁRIOS

1. O que está acontecendo no Brasil é gravíssimo. Os governantes estão estimulando a luta de classe. Colocando na cabeça dessas crianças que o capitalismo é ruim etc. etc. e mostrando, por meio de informações distorcidas, que eles terão uma vida maravilhosa em um governo socialista. Aonde chegaremos, já sabemos. Não esqueçamos, que a primeira providência que a primeira dama tomou, assim que o Lula tomou posse, foi solicitar cidadania italiana para toda sua família. Qual o objetivo que estava por tras dessa conduta?

30/10/07 12:35:59

Deixe um comentário