Brasil vai usar método de ensino cubano

Notícia publicada na Folha Online, em 31 de agosto de 2005.

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Brasil e Cuba assinaram um acordo de cooperação educativa que ajudará a formar brasileiros por meio do método cubano de alfabetização “Yo sí puedo”, conhecido internacionalmente, informou o Ministério da Educação.

O acordo foi assinado pelo ministro de Educação do Brasil, Fernando Haddad, e pelo embaixador de Cuba em Brasília, Pedro Núñez Mosquera.

Haddad entregou ao embaixador uma carta do Ministério da Educação de Cuba, onde afirma a intenção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de utilizar o programa cubano num projeto piloto em três municípios do estado do Piauí (nordeste), um dos mais pobres do país.

Na carta, Haddad explica que o treinamento dos primeiros 100 alfabetizadores brasileiros começará em 3 de outubro e durará cinco meses.

Este acordo faz parte de um protocolo de intenções para a cooperação internacional na alfabetização de jovens e adultos assinado em setembro de 2003 por ambos os governos.

O método já foi empregado com sucesso em vários países latino-americanos, como Haiti, Argentina, Venezuela e Nicarágua e República Dominicana.

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Comentário do EscolasemPartido.org: O Capítulo V da Constituição Cubana diz o seguinte:

Capítulo V – EDUCAÇÃO E CULTURA

Artigo 39.- O Estado orienta, fomenta e promove a educação, a cultura e as ciências em todas suas manifestações. Em sua política educativa e cultural adota os seguintes postulados:

a) fundamenta sua política educacional e cultural nos avanços da ciência e da técnica, no ideário marxista e martiano, na tradição pedagógica progressista cubana e universal;

b)…

c) promover a educação patriótica e a formação comunista das novas gerações e a preparação das crianças, jovens e adultos para a vida social. Para realizar este princípio se combinam a educação geral e as especializadas de carácter científico, técnico ou artístico, com o trabalho, a investigação para o desenvolvimento, a educação física, o esporte e a participação em atividades políticas, sociais e de preparação militar;

ch) é livre a criação artística sempre que seu conteúdo não seja contrário à Revolução. As formas de expressão na arte são livres;”

É desse país que o governo brasileiro está importando nada menos que um método de ensino.

O que podemos esperar desse método? O que temos a aprender de um país cuja política educacional é fundada no “ideário marxista” e cuja constituição prevê expressamente que compete ao Estado “promover a formação comunista das novas gerações”?


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