A luta do ESP

Matéria publicada na coluna do jornalista Paulo Bressane, no semanário O Tempo, de Belo Horizonte, em 20 de agosto de 2014.

Já ouviram falar da ESP – Escola Sem Partido? Deveriam, pois ela é uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o alto grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior. Todos nós devemos apoiar esta iniciativa, pois, há muito, nossos jovens são influenciados em sala de aula por um enorme contingente de militantes de esquerda, que não medem esforços para lhes impingir sua visão distorcida do mundo. Desde que tomou as rédeas do país, o PT vem incentivando o uso de viseiras nas escolas públicas. Se os carroceiros as usam para que seus burros e cavalos enxerguem apenas o que lhes convém, os doutrinadores ideológicos da esquerda as usam para aumentar seu rebanho de alienados. Essa lavagem cerebral é um crime intelectual e deveria ser tema de alerta nas discussões políticas.

Recebi um e-mail e imediatamente me alinhei aos objetivos da ESP, que para contornar a recusa dos educadores ideológicos, está fortemente empenhada em promover um anteprojeto de lei contra o abuso da liberdade de ensinar. Seu objetivo é convencer pelo menos um deputado estadual ou vereador de cada Estado e Município a apresentar à sua respectiva casa legislativa um projeto de lei nos moldes do anteprojeto elaborado pela Escola Sem Partido. Para facilitar o trabalho do parlamentar que decidir abraçá-lo, eles prepararam uma justificativa que evidencia tanto a necessidade como a constitucionalidade do projeto que, é claro, pode e deve ser aperfeiçoado. A boa notícia para a sociedade livre e com vontade de se desenvolver é que eles já conseguiram tirar o cabresto de alguns.

No Art. 1º do “Programa Escola Sem Partido”, há os seguintes princípios: I – neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado; II – pluralismo de ideias no ambiente acadêmico; III – liberdade de aprender, com projeção específica no campo da educação e liberdade de consciência; IV – liberdade de crença; V – reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na relação de aprendizado; VI – educação e informação do estudante quanto aos direitos compreendidos em sua liberdade de consciência e de crença; VII – direito dos pais a que seus filhos menores recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. Então, senhores parlamentares, esta não é uma boa causa para seu currículo político? Vamos lá, libertem nosso futuro, o país agradecerá.

http://www.otempo.com.br/pampulha/almanaque/a-luta-da-esp-1.902595

Deixe um comentário