Depoimento de Beatriz Hidalgo (12.11.2016)

Em 2014 por meio das próprias redes sociais, li a primeira vez a respeito do ESP. Mas somente no final do ano de 2015 para 2016 que tomei conhecimento do que verdadeiramente é o projeto de lei e o que ele propõe para a nossa sociedade e consequentemente a educação.

Desde o ensino médio, tanto eu como um amigo em especial, já sofríamos uma certa “perseguição” e até mesmo chacota por parte de alguns professores, por muitas vezes os mesmos não aceitarem nossas opiniões divergentes sobre determinados assuntos. As chacotas e perseguições se estenderam comigo ainda até o último ano da escola.

Lembro-me de um debate no 2° ano do ensino médio, onde esse mesmo amigo posicionou-se contra a ideologia de gênero e expôs seus argumentos e logo em seguida foi reprimido pela professora de sociologia que além de não o deixar concluir seu pensamento, tentou calá-lo de todas as formas possíveis, e convencê-lo a qualquer custo do contrário.

Depois que saí do ensino médio no ano passado, logo ingressei na universidade para o curso de História (ainda que em uma universidade privada) e como eu já imaginava desde o princípio, ingressei preparada sabendo que iria ouvir e lidar com situações bem difíceis em classe. Onde professores ao invés de ministrarem suas aulas normalmente como lhes cabe, fazem da sala de aula palanque político para ali promover e impor suas idéias sobre os alunos.

Professores meus da universidade que expõem suas idéias e opiniões como uma “verdade absoluta” e quando alguém discorda disso a pessoa é simplesmente jogada contra a parede e é tachado de preconceituoso, como já aconteceu várias vezes em minha turma.

Sempre fui uma pessoa bastante pacífica e procurei ao máximo não ofender as pessoas e causar polêmicas, porém sinto-me de certa forma censurada de expôr minhas opiniões em sala com medo de sofrer retaliação e perseguição por parte dos professores que em sua maioria são completamente ideólogos, assim como já sofro com os próprios colegas de turma pessoalmente e virtualmente, onde sou tachada de “descerebrada” fascista e diversos outros adjetivos pejorativos, pelo simples fato de me posicionar como de direita.

Ainda esse ano tive a oportunidade de participar de algumas audiências públicas do ESP aqui em Manaus – Amazonas, e confesso que desde que me fiz presente nestas audiências e pude ver de perto a realidade de outros estudantes, que assim como eu sofreram diversas formas de censura e doutrinação, me interessei muitíssimo mais pelo projeto de lei e por onde vou levo a pauta do Escola sem Partido a todos.

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